Criando Recursos Pedagógicos para Crianças com Distúrbios de Aprendizado

O que são distúrbios de aprendizado?

Distúrbios de aprendizado são condições que afetam a capacidade de uma pessoa de adquirir ou processar informações de maneira eficaz, apesar de ter uma inteligência normal ou até acima da média. Essas dificuldades podem se manifestar de várias formas, como na leitura, escrita, cálculo ou atenção, e muitas vezes estão relacionadas a fatores neurológicos e genéticos. Crianças com distúrbios de aprendizado frequentemente enfrentam desafios em ambientes educacionais tradicionais, o que pode prejudicar sua autoestima e desenvolvimento acadêmico.

Definição e tipos comuns (dislexia, discalculia, TDAH, etc.)

Existem diferentes tipos de distúrbios de aprendizado, sendo alguns dos mais comuns:

  • Dislexia: Afeta a habilidade de ler e decifrar palavras, o que pode resultar em dificuldades com fluência, reconhecimento de palavras e compreensão de leitura.
  • Discalculia: Refere-se às dificuldades com números e cálculos matemáticos, como entender conceitos numéricos, fazer operações simples ou lidar com o tempo.
  • TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade): Caracteriza-se por dificuldades em manter o foco, impulsividade e, às vezes, agitação excessiva, afetando a capacidade de seguir instruções e completar tarefas.

Esses distúrbios não têm relação com a inteligência da criança, mas com a forma como o cérebro processa e organiza informações. Cada uma dessas condições pode exigir abordagens pedagógicas específicas para ajudar a criança a aprender de maneira eficaz.

A importância de recursos pedagógicos adaptados

Para crianças com distúrbios de aprendizado, os métodos tradicionais de ensino muitas vezes não são suficientes. Por isso, recursos pedagógicos adaptados são essenciais para garantir que elas tenham acesso ao conhecimento de forma que respeite suas necessidades individuais. Esses recursos podem incluir materiais manipulativos, estratégias visuais, atividades sensoriais e mais. Ao adaptar o ambiente de aprendizagem, podemos promover maior engajamento, motivação e compreensão, ajudando a criança a alcançar seu potencial máximo.

Objetivo do guia

Este guia tem como objetivo fornecer aos pais, educadores e terapeutas ideias práticas e criativas para criar recursos pedagógicos DIY (faça você mesmo) para crianças com distúrbios de aprendizado. Ao utilizar materiais simples e acessíveis, podemos criar atividades personalizadas que atendam às necessidades específicas de cada criança, ajudando-as a desenvolver suas habilidades de forma lúdica e interativa.

Apresentar atividades DIY para ajudar crianças com distúrbios de aprendizado a desenvolver habilidades de forma lúdica e interativa

As atividades DIY que apresentaremos ao longo deste guia são projetadas para serem tanto educativas quanto divertidas. A ideia é envolver a criança de maneira ativa e prática, permitindo que ela aprenda enquanto explora e interage com o ambiente ao seu redor. Ao construir esses recursos em casa, você poderá personalizá-los de acordo com as preferências e dificuldades de cada criança, tornando o processo de aprendizagem mais eficaz e prazeroso.


Este primeiro passo é essencial para entender o contexto dos distúrbios de aprendizado e a importância de utilizar recursos adaptados. O próximo passo será explorar atividades específicas para cada tipo de distúrbio!

 Importância dos Recursos Pedagógicos Customizados

A personalização no aprendizado

Cada criança aprende de uma maneira única, e isso é especialmente verdade quando falamos de crianças com distúrbios de aprendizado. A personalização no aprendizado é um dos pilares para garantir que essas crianças possam superar desafios e desenvolver suas habilidades de forma eficaz. Ao adaptar as atividades e os recursos pedagógicos às necessidades específicas da criança, é possível criar um ambiente de aprendizagem que seja tanto acolhedor quanto desafiador, respeitando o ritmo e os estilos de aprendizagem individuais.

No caso de crianças com distúrbios como dislexia, discalculia ou TDAH, a personalização se torna ainda mais crucial, pois o que funciona para uma criança pode não ser eficaz para outra. Portanto, ajustar as ferramentas de ensino, como jogos, atividades práticas e recursos visuais, ajuda a criar uma conexão mais forte entre o conteúdo e o aprendiz.

Como recursos feitos sob medida ajudam na retenção e compreensão de conceitos

Recursos pedagógicos customizados não apenas ajudam as crianças a aprender, mas também desempenham um papel fundamental na retenção e compreensão de conceitos. Quando as atividades são adaptadas às preferências e dificuldades de uma criança, ela se sente mais envolvida e motivada. Isso aumenta a probabilidade de ela se lembrar do que aprendeu e de internalizar esses conceitos a longo prazo.

Por exemplo, em vez de apenas ler um texto, uma criança com dislexia pode se beneficiar de recursos visuais e táteis, como flashcards com imagens ou livros sensoriais, que tornam o aprendizado mais dinâmico e interativo. O uso de cores, texturas e associações concretas com o conteúdo torna a informação mais acessível, permitindo uma compreensão mais profunda.

Benefícios de atividades práticas

Atividades práticas são uma das maneiras mais eficazes de ensinar crianças com distúrbios de aprendizado. A aprendizagem por meio da experiência e exploração prática não só melhora a compreensão dos conceitos, mas também ajuda a consolidar o aprendizado. Quando uma criança é convidada a interagir fisicamente com o conteúdo – seja por meio de jogos, manipulação de objetos ou atividades artísticas – ela se envolve de forma ativa no processo de aprendizagem, o que facilita a memorização.

Além disso, atividades práticas muitas vezes oferecem uma oportunidade para trabalhar em habilidades motoras finas e coordenadas, o que pode ser um benefício adicional para o desenvolvimento geral da criança. Isso pode incluir desde construir algo com blocos até pintar ou recortar, que são formas de incentivar a criança a aplicar o que aprendeu de maneira prática e divertida.

Estímulo à criatividade, paciência e engajamento das crianças

Quando as crianças são envolvidas em atividades práticas e personalizadas, elas não apenas aprendem mais efetivamente, mas também desenvolvem importantes habilidades socioemocionais. Entre essas habilidades estão a criatividade, a paciência e o engajamento – características essenciais para o crescimento pessoal e acadêmico.

A criatividade é estimulada quando as crianças têm liberdade para experimentar e criar, seja através de atividades artísticas, projetos de construção ou jogos de resolução de problemas. Ao mesmo tempo, a paciência é treinada quando as crianças precisam trabalhar em tarefas que exigem esforço contínuo e atenção, como decifrar uma palavra ou resolver um problema matemático. Por fim, o engajamento é fortalecido quando as atividades são interessantes e desafiadoras o suficiente para manter a criança motivada e focada no que está aprendendo.

Em resumo, os recursos pedagógicos customizados e as atividades práticas não só ajudam as crianças com distúrbios de aprendizado a superar dificuldades acadêmicas, mas também favorecem o desenvolvimento de competências emocionais e cognitivas essenciais para seu sucesso a longo prazo.

Planejamento e Preparação

Conhecer as necessidades da criança

Antes de iniciar qualquer atividade pedagógica, é essencial conhecer as necessidades individuais da criança. Isso significa entender suas dificuldades específicas, mas também seus pontos fortes. Saber em que áreas a criança tem mais facilidade pode ser tão importante quanto identificar onde ela encontra mais desafios. Por exemplo, se uma criança tem dificuldade com leitura, mas tem facilidade com atividades manuais, pode ser útil usar materiais que integrem o aspecto visual e tátil, como livros sensoriais ou flashcards com texturas.

Além disso, compreender o comportamento e as preferências da criança também ajuda a criar um ambiente de aprendizagem que seja confortável e estimulante. A personalização das atividades começa aqui: cada criança tem um ritmo e uma forma única de aprender, e isso deve ser levado em consideração no momento de planejar qualquer atividade.

A importância de observar os pontos fortes e dificuldades

Ao planejar recursos pedagógicos para crianças com distúrbios de aprendizado, é fundamental observar com atenção tanto os pontos fortes quanto as dificuldades. As dificuldades podem ser mais óbvias, mas os pontos fortes são igualmente valiosos e podem ser a chave para o sucesso no processo de aprendizagem. Por exemplo, uma criança com TDAH pode ter dificuldades para se concentrar por longos períodos, mas pode ser muito boa em tarefas que exigem energia física ou criatividade.

A partir dessa observação, você pode personalizar as atividades de forma que aproveite essas forças. Uma criança com dificuldade em leitura, mas que tenha uma boa habilidade com desenhos, pode se beneficiar de atividades em que ela desenha cenas de um livro ou usa figuras para ajudar na construção de palavras. Essa abordagem permite que a criança se sinta mais confiante e envolvida no processo de aprendizagem.

Colaboração com pais, terapeutas e professores

O planejamento de atividades pedagógicas para crianças com distúrbios de aprendizado não deve ser uma tarefa solitária. Colaborar com os pais, terapeutas e professores da criança é essencial para garantir que as atividades sejam bem direcionadas e eficazes. Esses profissionais têm uma compreensão aprofundada do comportamento e das necessidades da criança, além de oferecerem estratégias e dicas que podem fazer toda a diferença na hora de planejar os recursos.

Os pais podem compartilhar informações valiosas sobre a rotina e os interesses da criança, enquanto terapeutas podem sugerir métodos específicos que funcionam bem com o distúrbio de aprendizado em questão. Já os professores podem indicar quais áreas de desenvolvimento precisam de mais atenção ou quais métodos funcionaram melhor em sala de aula. Trabalhando juntos, é possível criar um conjunto de atividades que complementam o trabalho que já está sendo feito no ambiente escolar e terapêutico.

Materiais e ferramentas básicas

Agora que você tem uma visão clara das necessidades da criança e da colaboração dos profissionais, é hora de definir os materiais e ferramentas que serão utilizados nas atividades. Felizmente, muitos recursos pedagógicos podem ser feitos com materiais simples e acessíveis, que podem ser facilmente encontrados em casa ou comprados a baixo custo.

Aqui estão alguns exemplos de materiais básicos para começar a criar atividades DIY para crianças com distúrbios de aprendizado:

  • Cartolinas e papel colorido: Usados para criar cartões de leitura, flashcards e até jogos interativos.
  • Tesoura e cola: Essenciais para atividades manuais e de recorte, que ajudam no desenvolvimento motor e cognitivo.
  • Fitas coloridas e etiquetas: Úteis para destacar informações importantes ou criar gráficos e calendários visuais.
  • Blocos de construção (como LEGO): Ajudam em atividades de contagem, resolução de problemas e coordenação motora.
  • Materiais sensoriais: Como tecidos, bolinhas de pompom ou argila, que podem ser usados para estimular o tato e a exploração sensorial.
  • Marcadores, lápis de cor e canetinhas: Ótimos para atividades de escrita, desenhos e pintura, estimulando a criatividade e o foco.
  • Objetos do dia a dia: Como garrafinhas, tampinhas ou tampas de potes, que podem ser usados para jogos de classificação e identificação.

Listagem de materiais simples e baratos que podem ser usados em casa

  1. Papel e Canetas: Para criar cartões de palavras, listas e jogos educativos simples.
  2. Fitas adesivas coloridas: Para destacar palavras ou números em livros e quadros de atividades.
  3. Blocos de montar: Usados em atividades de construção e resolução de problemas matemáticos.
  4. Botões e pedaços de tecido: Perfeitos para atividades de classificação ou reconhecimento de padrões.
  5. Recipientes plásticos ou potes: Para armazenar objetos e auxiliar em atividades de organização e categorizações.
  6. Imagens de revistas ou catálogos: Utilizadas para associar palavras a imagens em atividades de leitura e reconhecimento visual.
  7. Jogos de tabuleiro simples: Para incentivar a resolução de problemas e a interação social.

Com esses materiais simples e baratos, você pode criar uma variedade de recursos pedagógicos DIY que atendem às necessidades da criança, ajudando-a a aprender de forma divertida e interativa.


O planejamento e a preparação adequados são essenciais para garantir que as atividades pedagógicas sejam realmente eficazes. Com a personalização das atividades, a colaboração com profissionais e o uso de materiais simples, você pode transformar o aprendizado em uma experiência mais acessível e prazerosa para a criança.

Atividades DIY por Tipo de Distúrbio de Aprendizado

Para Crianças com Dislexia

A dislexia é um distúrbio de aprendizado que afeta principalmente a leitura, tornando difícil para a criança identificar palavras, compreender textos e conectar sons e letras de maneira fluida. Para ajudar as crianças com dislexia, atividades que integrem diferentes sentidos e que visualmente estimulem o aprendizado podem ser muito eficazes. A seguir, apresentamos algumas atividades DIY (faça você mesmo) que podem ser úteis.

Caça-palavras com imagens

O caça-palavras com imagens é uma maneira divertida de ajudar crianças com dislexia a fortalecer suas habilidades de leitura. A ideia é associar palavras a imagens, o que torna o aprendizado mais intuitivo e menos frustrante. Esse tipo de atividade permite que a criança busque palavras dentro de uma grade de letras, enquanto visualiza o objeto ou conceito que ela está aprendendo.

Para criar um caça-palavras com imagens, basta escolher palavras simples e adicionar uma imagem correspondente ao lado de cada uma. Por exemplo, ao lado da palavra “gato”, coloque uma imagem de um gato. A criança pode procurar pelas palavras na grade e, ao encontrá-las, associar as palavras à imagem, facilitando o reconhecimento e a memorização.

Como criar caça-palavras com imagens associadas a palavras

Criar um caça-palavras com imagens é simples e pode ser feito com poucos materiais. Primeiro, escolha palavras de fácil leitura (como nomes de animais, objetos ou alimentos). Em seguida, desenhe ou recorte imagens desses itens e coloque-as ao lado das palavras. Você pode montar uma grade de letras e esconder as palavras ali. Para ajudar ainda mais a criança, ofereça pistas visuais, como a cor da palavra ou um ícone próximo, para tornar a atividade ainda mais acessível e interessante.

Essa abordagem torna o processo de leitura mais envolvente, pois a criança consegue associar as palavras ao seu significado de forma mais clara. O uso de imagens torna o aprendizado menos abstrato e mais tangível.

Cartões de leitura com cores

Cartões de leitura com cores são uma ferramenta visual simples, mas poderosa, para ajudar crianças com dislexia a entender a estrutura das palavras. O uso de cores para destacar diferentes partes de uma palavra pode facilitar a identificação das sílabas ou das letras mais difíceis.

Por exemplo, ao usar cartões de leitura, você pode destacar a primeira sílaba da palavra em uma cor e a última em outra. Isso ajuda a criança a focar em partes específicas da palavra e a melhorar a fluência na leitura. Cores também podem ser usadas para marcar padrões, como “ch” ou “ão”, facilitando a compreensão de combinações fonéticas.

Técnicas para usar cores para destacar partes de palavras

Para aplicar essa técnica, basta usar marcadores coloridos ou canetas para destacar partes específicas das palavras nos cartões. Uma ideia é usar uma cor para a parte da palavra que a criança já conhece bem e outra para as partes mais difíceis. Por exemplo, ao trabalhar com a palavra “papel”, você pode destacar “pa” em azul e “pel” em verde, ajudando a criança a visualizar a estrutura fonética da palavra. Outra opção é usar cores para distinguir letras que se repetem com frequência, como o “e” ou “a”, que podem ser mais difíceis de memorizar.

Ao tornar o processo de leitura mais visual e organizado, você facilita o aprendizado e ajuda a criança a se sentir mais segura ao lidar com palavras que normalmente a confundem.

Livro sensorial DIY

Criar um livro sensorial DIY é uma atividade incrível para envolver múltiplos sentidos na aprendizagem da leitura. Livros táteis são especialmente benéficos para crianças com dislexia, pois permitem que elas associem palavras a sensações físicas. Além disso, livros sensoriais são altamente interativos e tornam a experiência de aprendizado mais divertida e memorável.

Você pode criar um livro simples usando páginas de papel ou cartolina. Em cada página, adicione uma palavra e associe-a a uma textura diferente. Por exemplo, para a palavra “liso”, você pode colar uma faixa de tecido suave, ou para a palavra “áspero”, usar papel de lixa. Isso cria uma ligação entre a palavra e a sensação tátil, tornando a experiência de aprender a ler mais rica e significativa.

Criando livros táteis com diferentes texturas para associar palavras a sensações

Para criar seu livro sensorial, você pode utilizar diversos materiais para representar diferentes sensações táteis. Cole pedaços de tecido (como veludo, algodão ou seda), recortes de papel com diferentes texturas (lixa, crepom ou borracha), ou até objetos pequenos (como botões, lã ou lã de ovelha) para representar palavras e conceitos. Cada página do livro pode apresentar uma palavra e uma textura relacionada, o que ajuda a criança a associar o som da palavra à sensação física que ela proporciona.

Por exemplo, se a palavra for “quente”, você pode adicionar um pedaço de tecido em tom vermelho e textura suave. Se a palavra for “frio”, você pode usar uma peça de plástico gelado ou um tecido azul e macio. Essas associações criam uma memória sensorial que pode facilitar o processo de reconhecimento de palavras, pois envolve mais do que apenas a leitura visual, ativando também a percepção tátil.


Essas atividades DIY são formas criativas e eficazes de ajudar crianças com dislexia a aprender de maneira divertida e acessível. Ao associar palavras a imagens, cores e sensações, a criança não apenas aprende a ler, mas também constrói uma conexão mais profunda com o conteúdo, o que torna o processo de aprendizagem mais prazeroso e menos desafiador.

Para Crianças com Discalculia

A discalculia é um distúrbio de aprendizado que afeta a capacidade de entender e trabalhar com números. Crianças com discalculia podem ter dificuldades com conceitos matemáticos básicos, como contar, comparar quantidades ou realizar operações simples. Porém, atividades práticas que utilizam materiais concretos podem ser extremamente eficazes para melhorar o entendimento matemático. A seguir, apresentamos algumas atividades DIY que podem ajudar crianças com discalculia a desenvolver suas habilidades numéricas.

Cartões numéricos com objetos físicos

Uma das melhores maneiras de ensinar conceitos matemáticos a crianças com discalculia é utilizando cartões numéricos acompanhados de objetos físicos. A visualização concreta dos números e das quantidades facilita a compreensão e torna a matemática mais acessível.

Para criar essa atividade, você pode fazer cartões com números (de 1 a 10, por exemplo) e, ao lado de cada número, adicionar a representação física dessa quantidade. Use objetos como pedras, moedas, botões ou até blocos de construção para mostrar o número correspondente. Por exemplo, no cartão com o número 3, coloque três botões ou pedras. A criança pode contar os objetos enquanto aprende a associá-los aos números, tornando o aprendizado mais tangível.

Atividades com objetos reais para ilustrar adição e subtração

As atividades com objetos reais são uma maneira prática e visual de ensinar operações matemáticas simples, como adição e subtração. Você pode usar itens do cotidiano, como frutas, brinquedos ou moedas, para representar as operações.

Por exemplo, para ensinar adição, peça para a criança juntar dois grupos de objetos, contando os itens de cada grupo e somando o total. Para a subtração, você pode criar um cenário onde a criança começa com uma quantidade de objetos e remove alguns, contando quantos restam. Essas atividades ajudam a criança a entender a relação entre as quantidades de uma maneira visual e prática, tornando a matemática mais concreta e menos abstrata.

Tabuleiro de contagem

O tabuleiro de contagem é uma ferramenta visual que pode ajudar a criança a visualizar a sequência numérica e a praticar operações matemáticas de maneira interativa. Esse tipo de tabuleiro pode ser usado para ensinar a contar, identificar números e realizar operações simples.

Para criar um tabuleiro de contagem, desenhe uma série de quadrados ou círculos em uma folha de papel, onde cada quadrado ou círculo representa uma unidade. A criança pode usar fichas, pedras ou outros objetos pequenos para se mover ao longo do tabuleiro enquanto conta. Isso facilita a compreensão da ordem dos números e a prática de contagem, além de permitir que a criança veja visualmente como os números se relacionam.

Como criar tabuleiros para prática de cálculos simples

Para criar um tabuleiro de cálculos simples, desenhe ou imprima um tabuleiro com espaços numerados e inclua operações de adição e subtração ao lado dos números. Em cada espaço numerado, você pode colocar um problema simples, como “3 + 2” ou “5 – 1”. À medida que a criança avança no tabuleiro, ela resolve as operações e move uma peça de jogo ou ficha para o próximo espaço.

Você também pode adicionar outros desafios no tabuleiro, como “quantos objetos você tem agora?” ou “quantos objetos faltam para completar 10?”. Isso torna a prática de cálculos mais interativa e ajuda a criança a visualizar as operações de uma forma divertida e envolvente.

Jogos com dados e figuras

Jogos com dados e figuras são uma excelente forma de melhorar a noção de quantidade e fortalecer as habilidades matemáticas de crianças com discalculia. Usando dados, é possível praticar a contagem e realizar operações simples de forma lúdica.

Por exemplo, você pode usar um dado comum e, ao lançar, pedir para a criança contar o número de pontos que aparecem no dado. Em seguida, ela pode usar esse número para adicionar ou subtrair com outros dados ou objetos. Você também pode criar um jogo onde a criança precisa combinar o número do dado com o número correspondente de figuras, como estrelas, corações ou animais, para reforçar a associação entre números e quantidades.

Jogos de dados para melhorar a noção de quantidades

Um jogo de dados simples pode ser uma maneira divertida de praticar a noção de quantidade. Para isso, você pode usar dados coloridos ou customizados com figuras ou números. A criança pode lançar os dados e depois contar os pontos ou as figuras, praticando a correspondência entre os números e as quantidades representadas.

Além disso, você pode criar variações do jogo, como pedir para a criança lançar dois dados e somar os números que aparecerem, ou lançar um dado e fazer perguntas do tipo: “Quantas figuras de gatos você tem?” Isso ajuda a criança a reforçar a ideia de número e quantidade de maneira prática e visual.


Essas atividades DIY são ferramentas poderosas para ajudar crianças com discalculia a desenvolver suas habilidades matemáticas. Ao utilizar materiais concretos e práticas lúdicas, é possível tornar a matemática mais acessível e menos intimidante, permitindo que as crianças explorem os conceitos de forma interativa e divertida.

Para Crianças com TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por dificuldades em manter a atenção, impulsividade e, em alguns casos, hiperatividade. Crianças com TDAH podem ter dificuldades em se organizar, seguir instruções ou se concentrar por longos períodos. Para essas crianças, atividades que ajudem a melhorar a atenção, a organização e o foco são essenciais. A seguir, apresentamos algumas atividades DIY que podem ser eficazes para ajudar as crianças com TDAH a desenvolver habilidades de organização e concentração de maneira divertida e envolvente.

Relógio de rotina visual

O relógio de rotina visual é uma excelente ferramenta para ajudar as crianças com TDAH a se organizarem e a entenderem a passagem do tempo. Muitas crianças com TDAH têm dificuldade em seguir uma rotina ou entender quanto tempo tem para realizar tarefas. Um relógio de rotina visual pode ajudar a dividir o dia em blocos de tempo, tornando o conceito de tempo mais acessível.

Para criar um relógio de rotina visual, você pode usar um relógio de papel ou um quadro branco com imagens representando diferentes atividades do dia, como “estudar”, “brincar”, “lanche”, “horário de dormir”, entre outros. À medida que o dia avança, a criança pode mover uma peça ou marcador para indicar qual atividade está sendo realizada, o que ajuda a criar uma sensação de estrutura e previsibilidade.

Esse tipo de recurso ajuda a criança com TDAH a se organizar e se preparar para a transição entre atividades, promovendo uma rotina mais estruturada e com menos distrações.

Como criar um cronômetro ou calendário visual para ajudar a organização do tempo

Outra ferramenta útil é o cronômetro ou calendário visual, que pode ajudar a criança a visualizar a quantidade de tempo disponível para cada atividade. Ao invés de usar apenas um relógio convencional, que pode ser difícil de entender para algumas crianças, um cronômetro visual ou um calendário com cores e imagens ajuda a dividir o tempo de forma mais clara.

Você pode criar um cronômetro visual simples usando uma roleta ou um gráfico com números e cores. A criança pode acompanhar o tempo que resta para terminar uma tarefa, vendo a mudança das cores à medida que o tempo passa. O mesmo vale para o calendário: crie um calendário visual com figuras ou símbolos que representem as tarefas diárias. A criança pode marcar as atividades completadas, o que promove um senso de organização e realização.

Tabuleiro de foco

Um tabuleiro de foco é uma excelente maneira de ajudar a criança a manter a atenção em uma tarefa por mais tempo. Esse tipo de atividade envolve a criação de um espaço físico onde a criança pode se concentrar em uma tarefa sem distrações.

Para construir um tabuleiro de foco, você pode usar uma superfície de madeira ou papelão e dividir em várias seções, cada uma representando uma fase do processo que a criança precisa seguir. Por exemplo, em uma seção, pode estar escrito “organizar materiais”, na próxima “começar a tarefa”, e assim por diante. A cada etapa completada, a criança pode mover uma peça ou fazer uma marca, o que ajuda a manter o foco e ver o progresso de forma visual. Além disso, você pode incluir elementos sensoriais, como texturas ou sons suaves, que ajudem a criar um ambiente mais agradável para a criança se concentrar.

Construção de um tabuleiro com elementos sensoriais para ajudar a manter a atenção

A construção de um tabuleiro com elementos sensoriais pode ser uma forma excelente de apoiar crianças com TDAH na manutenção do foco. Elementos sensoriais, como diferentes texturas, sons ou até luzes suaves, podem ajudar a criança a se concentrar melhor em suas tarefas, criando um ambiente mais interessante e menos propenso a distrações.

Você pode criar um tabuleiro sensorial usando materiais simples, como tecidos, peças de velcro, botões, fitas ou até mesmo diferentes tipos de papel. Esses materiais podem ser usados para marcar as diferentes fases de uma tarefa ou atividade. Por exemplo, você pode ter uma área com uma textura áspera para indicar o início de uma tarefa e uma área macia para indicar a conclusão. O estímulo sensorial ajuda a manter a criança engajada e pode melhorar o foco ao longo da atividade.

Caminhada sensorial e atividades ao ar livre

Caminhadas sensoriais e atividades ao ar livre são uma ótima maneira de ajudar crianças com TDAH a se concentrar e a liberar energia de maneira saudável. Crianças com TDAH muitas vezes têm mais facilidade para se concentrar em ambientes naturais, onde podem explorar diferentes estímulos sensoriais, como sons da natureza, texturas do solo e cheiros das plantas.

Leve a criança para caminhadas em parques, jardins ou na natureza, e incentive-a a explorar os elementos ao redor, como tocar nas árvores, sentir o vento ou observar os animais. Durante a caminhada, você pode criar jogos que envolvem contar passos, identificar formas ou cores ao longo do caminho, o que mantém a mente da criança focada enquanto ela se diverte.

Além disso, atividades ao ar livre como jogar bola, correr ou praticar esportes ajudam a gastar energia e a melhorar a concentração ao voltar para atividades mais tranquilas, como a leitura ou o estudo.

Uso do ambiente para ajudar na concentração e foco

O uso do ambiente ao redor também pode ser uma estratégia útil para melhorar o foco de crianças com TDAH. Criar um espaço de estudo que seja organizado e sem distrações é fundamental para ajudar a criança a se concentrar em suas tarefas. Tente usar uma mesa de trabalho com poucos objetos e uma boa iluminação, e evite a sobrecarga de estímulos visuais ou sonoros no ambiente.

Você também pode incluir elementos visuais que ajudem a criança a se orientar, como um quadro branco com lembretes ou um mapa da rotina diária. À medida que a criança vai completando as tarefas, ela pode riscar ou mover itens no quadro, o que proporciona uma sensação de controle e de realização.


Essas atividades DIY são ótimas estratégias para ajudar crianças com TDAH a melhorar sua organização, foco e atenção. Ao combinar elementos visuais, sensoriais e interativos, essas ferramentas tornam o aprendizado mais envolvente e adaptado às necessidades específicas de cada criança.

Estratégias de Ensino com Atividades DIY

As atividades DIY (faça você mesmo) são uma maneira criativa e eficaz de ensinar habilidades a crianças com distúrbios de aprendizado. No entanto, para que essas atividades realmente tragam benefícios, é importante adotar algumas estratégias de ensino que complementem o processo de aprendizagem. A seguir, exploramos algumas estratégias chave para tornar o ensino mais eficaz e engajador, ajudando as crianças a se desenvolverem de forma divertida e interativa.

Repetição e reforço positivo

A repetição é uma das estratégias mais poderosas quando se trabalha com crianças que têm distúrbios de aprendizado. Para muitas dessas crianças, aprender um conceito novo exige mais tempo e prática do que para outras. A repetição permite que elas solidifiquem os novos conhecimentos e melhorem a memorização de uma maneira gradual e segura.

Quando se utiliza atividades DIY, é fácil incorporar a repetição de forma divertida. Por exemplo, ao trabalhar com cartões de leitura ou tabuleiros de contagem, você pode pedir à criança que repita a atividade várias vezes, sempre acrescentando um novo elemento ou desafio. Isso não só fortalece a aprendizagem, mas também torna o processo mais interessante, evitando que a criança se sinta sobrecarregada.

Além disso, o reforço positivo é essencial para encorajar o progresso. Ao oferecer elogios e recompensas quando a criança completa uma tarefa ou consegue realizar uma atividade corretamente, você ajuda a aumentar a motivação e a confiança dela. O reforço positivo pode ser feito de várias formas, como pequenos prêmios, adesivos ou até mesmo palavras de incentivo, como “Você fez um ótimo trabalho!”

Como usar as atividades DIY para praticar habilidades de forma repetitiva e divertida

As atividades DIY são perfeitas para a prática repetitiva porque oferecem a flexibilidade de serem ajustadas de acordo com as necessidades da criança. Por exemplo, se a criança está praticando leitura ou matemática, você pode criar jogos de tabuleiro, cartas ou até livros sensoriais que permitam a repetição de conceitos de uma maneira lúdica.

Ao planejar essas atividades, lembre-se de incluir variedade para manter o interesse da criança. Por exemplo, ao trabalhar com cálculos, você pode usar diferentes tipos de jogos com dados, tabuleiros e objetos físicos para reforçar as mesmas habilidades, mas de formas variadas. Isso evita que a criança se sinta entediada e ajuda a reforçar a aprendizagem em diferentes contextos, facilitando a retenção.

Atividades como caça-palavras com imagens para crianças com dislexia ou jogos de contagem com objetos físicos para crianças com discalculia podem ser repetidas frequentemente, permitindo que a criança pratique e internalize os conceitos de maneira divertida e envolvente.

Incentivar o trabalho em grupo para estimular habilidades sociais e cognitivas

Embora as atividades DIY frequentemente sejam realizadas de forma individual, incorporar o trabalho em grupo pode ser extremamente benéfico, especialmente para crianças com distúrbios de aprendizado. O trabalho em grupo não só estimula habilidades sociais, como comunicação e colaboração, mas também promove o desenvolvimento cognitivo, pois as crianças aprendem a trabalhar juntas, trocar ideias e apoiar uns aos outros.

Ao realizar atividades DIY em grupo, as crianças podem dividir responsabilidades, como buscar materiais, explicar tarefas umas para as outras ou ajudar na organização das atividades. Esse tipo de interação é especialmente útil para melhorar as habilidades de resolução de problemas, uma vez que as crianças têm a oportunidade de pensar coletivamente e tentar diferentes abordagens para resolver um desafio.

Você pode adaptar atividades como jogos de cartões numéricos, tabuleiros de contagem ou livros sensoriais para que mais de uma criança participe, com cada uma desempenhando um papel específico. Isso ajuda a construir habilidades sociais importantes, como esperar a sua vez, ouvir os outros e compartilhar recursos.

Além disso, o trabalho em grupo pode tornar a aprendizagem mais divertida, pois as crianças se sentem mais motivadas e conectadas ao ver seus amigos participando ativamente do processo. Esse tipo de interação também pode ajudar a criança a desenvolver autoconfiança, pois ela observa o impacto positivo de suas ações dentro do grupo.


Com essas estratégias de ensino, as atividades DIY se tornam uma ferramenta ainda mais poderosa no processo de aprendizagem de crianças com distúrbios de aprendizado. Ao utilizar a repetição, o reforço positivo e o trabalho em grupo, você cria um ambiente mais envolvente, motivador e, acima de tudo, adaptado às necessidades de cada criança. Essas abordagens permitem que as crianças avancem no seu próprio ritmo, enquanto se divertem e desenvolvem habilidades importantes para o seu crescimento acadêmico e social.

Como Avaliar o Progresso

Avaliar o progresso das crianças com distúrbios de aprendizado é um aspecto crucial do processo educacional. Essa avaliação não se limita apenas à medição de habilidades acadêmicas, mas também ao desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e de vida. A seguir, discutiremos como realizar esse acompanhamento de forma eficaz e como usar o feedback para ajustar e melhorar os recursos pedagógicos.

Como observar os avanços nas habilidades cognitivas e sociais

Uma das formas mais eficazes de avaliar o progresso de uma criança com distúrbios de aprendizado é observando o desenvolvimento cognitivo e social ao longo do tempo. Acompanhar o desempenho cognitivo envolve analisar como a criança lida com tarefas específicas, como leitura, matemática ou resolução de problemas. Observe se há melhoria no tempo de execução, na precisão das respostas e na capacidade de aplicar conceitos em novas situações.

Além disso, não se deve desconsiderar as habilidades sociais, que também são um indicador importante do progresso. Crianças com distúrbios de aprendizado podem ter dificuldades de interação social, mas ao longo do tempo, você pode perceber que elas estão se comunicando melhor com os outros, compartilhando ideias, trabalhando em grupo de forma mais colaborativa e se expressando com mais confiança.

Uma maneira prática de observar os avanços é registrar dados de desempenho ao longo das atividades. Por exemplo, ao usar atividades como caça-palavras, você pode contar quantas palavras a criança conseguiu identificar de forma correta em um período determinado, e como ela responde a novos desafios que aumentam gradualmente de complexidade. A mesma técnica pode ser usada para habilidades matemáticas, como a contagem ou a resolução de problemas simples.

Além disso, as atividades DIY muitas vezes permitem observar como a criança reage ao uso de diferentes estímulos sensoriais e à interatividade, fornecendo insights valiosos sobre o seu progresso. Essas observações não só ajudam a perceber as melhorias acadêmicas, mas também a como a criança está desenvolvendo suas habilidades de adaptação ao ambiente e ao próprio processo de aprendizado.

Feedback dos pais e professores

O feedback dos pais e professores é uma parte essencial da avaliação do progresso. Como as atividades DIY muitas vezes acontecem em diferentes ambientes (casa e escola), a colaboração entre pais e professores é fundamental para entender o desenvolvimento global da criança.

Os pais podem fornecer informações sobre o comportamento da criança em casa, como ela lida com as atividades após a escola e se houve alguma mudança no engajamento ou na motivação para aprender. Já os professores têm uma visão mais ampla do progresso acadêmico da criança em sala de aula, incluindo sua capacidade de aplicar habilidades em contextos mais formais e em grupo.

Manter uma comunicação constante com pais e professores ajuda a garantir que as atividades DIY estejam sendo eficazes e a identificar áreas que precisam de mais atenção. Além disso, o feedback constante ajuda a ajustar os recursos pedagógicos de acordo com o progresso da criança, criando um ciclo de aprendizado contínuo.

Uma boa prática é agendar reuniões regulares, por exemplo, uma vez por mês, para discutir o progresso da criança, compartilhar observações e ajustar as atividades conforme necessário. Isso também pode incluir discussões sobre dificuldades persistentes, como resistência a novas atividades ou desafios, e maneiras de superar essas barreiras.

A importância de receber e dar feedback sobre os recursos usados

Receber e dar feedback sobre os recursos usados é fundamental para avaliar a eficácia das atividades DIY. Ao criar e implementar recursos pedagógicos personalizados, é importante refletir sobre o quão bem esses recursos atendem às necessidades da criança e se estão promovendo o desenvolvimento esperado.

Receber feedback pode ser feito de várias maneiras. Para os pais, pode ser útil pedir uma avaliação regular sobre como a criança está interagindo com as atividades e se há mudanças significativas em seu comportamento ou desempenho. Isso pode incluir observações de como a criança responde a novas tarefas, se as atividades estão despertando seu interesse e se ela está mais motivada a concluir as tarefas.

Dar feedback é igualmente importante. Quando você observa a criança se saindo bem em uma atividade, é crucial reconhecer esse progresso. Isso não só valida o esforço da criança, mas também a motiva a continuar se empenhando nas tarefas. O feedback positivo pode ser simples, como um elogio verbal, ou pode ser mais estruturado, como recompensas ou sistemas de pontos para cada tarefa concluída.

Além disso, sempre que um recurso DIY não estiver funcionando como esperado, é importante ajustá-lo com base no feedback recebido. Isso pode significar modificar as atividades, mudar o nível de dificuldade ou até alterar o tipo de material utilizado, se necessário. O feedback contínuo ajuda a garantir que os recursos pedagógicos estejam sempre alinhados com as necessidades da criança.


Avaliar o progresso de crianças com distúrbios de aprendizado não precisa ser uma tarefa difícil. Com uma combinação de observação atenta, feedback de pais e professores, e ajustes nos recursos pedagógicos com base nos avanços observados, é possível garantir que cada criança receba o suporte necessário para alcançar seu pleno potencial. O acompanhamento constante não só ajuda a medir o progresso, mas também fortalece a relação entre educadores, pais e crianças, criando um ambiente de aprendizado mais eficaz e empático.

Conclusão

Ao longo deste guia, exploramos como atividades DIY (faça você mesmo) podem ser uma ferramenta poderosa para ajudar crianças com distúrbios de aprendizado a se desenvolverem de maneira lúdica, criativa e eficaz. Desde a personalização de recursos pedagógicos até estratégias de ensino e avaliação do progresso, ficou claro que adaptar o aprendizado às necessidades específicas de cada criança pode transformar a experiência educacional. Agora, vamos dar continuidade a essa jornada com alguns recursos adicionais e dicas sobre como continuar criando materiais que atendam às necessidades das crianças.

Recursos adicionais

Se você deseja expandir seus conhecimentos e recursos para trabalhar com crianças com distúrbios de aprendizado, há diversas fontes de informação e ferramentas que podem ser extremamente úteis. Aqui estão algumas recomendações de livros, sites e aplicativos que podem ajudar no processo:

Livros:

  1. “Como Trabalhar com Crianças com Dificuldades de Aprendizado” de Melvin D. Miller: Este livro oferece estratégias práticas e exemplos de atividades para apoiar crianças com dificuldades cognitivas e acadêmicas.
  2. “The Dyslexia Empowerment Plan” de Ben Foss: Focado em estratégias para ajudar crianças com dislexia, este livro também oferece insights sobre como usar a tecnologia e recursos práticos no dia a dia.
  3. “The ADHD Workbook for Kids” de Lawrence E. Shapiro: Um excelente recurso para trabalhar com crianças com TDAH, com muitas atividades e exercícios que podem ser adaptados às necessidades individuais.

Sites:

  1. Understood.org: Um site com uma vasta gama de recursos para pais e educadores, oferecendo orientações sobre diferentes distúrbios de aprendizado e ideias de atividades para ajudar as crianças.
  2. LearningWorks for Kids: Um site que oferece uma variedade de aplicativos e jogos educativos focados em melhorar as habilidades cognitivas, motoras e sociais de crianças com TDAH e outros distúrbios de aprendizado.
  3. The National Center for Learning Disabilities (NCLD): Recursos valiosos sobre diferentes distúrbios de aprendizado, incluindo artigos, guias de estratégias pedagógicas e vídeos.

Aplicativos:

  1. Ghotit Real Writer & Reader: Um aplicativo projetado para apoiar crianças com dislexia e dificuldades de escrita, ajudando a corrigir erros ortográficos e a melhorar a leitura.
  2. ModMath: Um aplicativo ideal para crianças com discalculia, focado em ajudar na resolução de problemas matemáticos de forma interativa.
  3. Cognifit: Oferece uma série de jogos cognitivos para melhorar habilidades de concentração, memória e atenção, úteis para crianças com TDAH.

Incentivo à criação contínua de materiais

A criação de materiais pedagógicos personalizados não deve ser um processo único, mas contínuo. À medida que a criança cresce e suas habilidades evoluem, os recursos precisam ser ajustados para atender a novas necessidades. Um material que foi eficaz há alguns meses pode não ser mais tão útil, e por isso é importante continuar criando e adaptando os recursos com base no progresso observado.

Estimule sua criatividade e aproveite as ferramentas simples do dia a dia para desenvolver novas atividades. Seja criando livros sensoriais com texturas diferentes, jogos educativos com figuras, ou tabuleiros interativos para praticar cálculos, cada novo recurso que você criar será uma oportunidade para engajar ainda mais a criança no aprendizado.

Além disso, faça adaptações conforme necessário. Se uma atividade não estiver funcionando bem ou se a criança estiver tendo dificuldades em entender determinado conceito, não hesite em modificar a atividade para torná-la mais acessível ou interessante.

Como continuar criando recursos pedagógicos que atendam às necessidades específicas da criança

O processo de criação de materiais pedagógicos deve ser flexível e focado nas necessidades específicas da criança. Aqui estão algumas sugestões de como continuar criando recursos eficazes:

  1. Observe a criança constantemente: O primeiro passo é observar o que funciona ou não funciona para a criança. Pergunte a ela como se sente durante as atividades, quais tarefas ela considera mais desafiadoras ou interessantes. Essa observação constante ajudará a identificar o que precisa ser ajustado ou renovado.
  2. Faça ajustes regulares: À medida que a criança avança em seu aprendizado, adapte os materiais. Por exemplo, se você estiver utilizando cartões de leitura e a criança já estiver dominando palavras simples, aumente o nível de complexidade gradualmente, incorporando frases curtas ou textos mais longos.
  3. Inclua a criança no processo: Muitas crianças se sentem mais motivadas quando têm voz na escolha das atividades. Pergunte o que elas acham de determinadas tarefas, se elas preferem usar certos materiais ou se têm sugestões de como as atividades podem ser mais divertidas.
  4. Use tecnologia de forma complementar: Ferramentas digitais, como aplicativos e jogos educacionais, podem ser ótimas aliadas na criação de recursos. Elas podem ser usadas para praticar habilidades de uma maneira interativa e estimulante, adaptada ao ritmo da criança.
  5. Mantenha a variedade: Mudanças na forma das atividades mantêm o aprendizado interessante. Alterne entre jogos, desafios visuais, atividades físicas e recursos sensoriais para que a criança não se sinta entediada e continue engajada no processo de aprendizado.

Em conclusão, o uso de atividades DIY para trabalhar com crianças com distúrbios de aprendizado é uma estratégia eficaz para promover o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais de forma envolvente e personalizada. Ao continuar criando recursos pedagógicos adaptados às necessidades individuais, você estará oferecendo um suporte valioso para o progresso da criança. Não se esqueça de buscar constantemente novos materiais, ajustar as atividades com base nas observações e contar com o apoio de pais e professores para garantir o sucesso da criança nesse processo de aprendizagem contínua.

Anexos e Exemplos

Para facilitar a implementação das atividades DIY que discutimos ao longo do guia, aqui estão alguns exemplos práticos e instruções passo a passo para algumas das atividades sugeridas. Esses exemplos visam ilustrar como você pode criar recursos pedagógicos simples e eficazes para crianças com distúrbios de aprendizado, utilizando materiais acessíveis e de fácil execução.

Exemplos práticos de atividades DIY

  1. Caça-palavras com imagens (Para crianças com Dislexia)
    Esta atividade ajuda a criança a associar palavras a imagens, tornando o processo de leitura mais visual e concreto. É uma excelente maneira de desenvolver a fluência de leitura, ao mesmo tempo em que torna o aprendizado mais acessível e envolvente.

Materiais necessários:

  1. Papel em branco ou cartolina
  2. Canetas coloridas ou marcadores
  3. Revistas ou impressões de imagens (animais, objetos, alimentos, etc.)
  4. Tesoura e cola

Passo a passo:

              Escolha um conjunto de palavras que a criança esteja aprendendo a ler.

  • Encontre ou desenhe imagens que representem essas palavras.
    • Escreva as palavras ao lado de suas respectivas imagens em uma folha de papel.
    • Crie uma matriz de caça-palavras, onde as palavras precisam ser encontradas no meio de uma mistura de letras.
    • A criança deverá procurar as palavras na matriz e, ao encontrá-las, deve associá-las à imagem correspondente.
  • Cartões numéricos com objetos físicos (Para crianças com Discalculia)
    Essa atividade é útil para crianças que precisam de uma abordagem concreta para entender conceitos matemáticos, como adição e subtração.

Materiais necessários:

  1. Cartões ou pedaços de papel
  2. Marcadores ou canetas
  3. Objetos pequenos (botões, contas, tampinhas, etc.)

Passo a passo:

  • Crie cartões com números grandes (1, 2, 3, etc.).
    • Ao lado de cada número, desenhe ou cole a quantidade correspondente de objetos. Por exemplo, ao lado do número 3, cole três botões.
    • Use os cartões para que a criança pratique operações matemáticas simples. Por exemplo, ao apresentar o número 3, a criança deve contar os três botões e depois adicionar ou subtrair outros objetos de acordo com o problema matemático.
  • Relógio de rotina visual (Para crianças com TDAH)
    Esta atividade ajuda a criança a organizar seu tempo, tornando o conceito de tempo mais visual e acessível, além de promover a independência.

Materiais necessários:

  1. Cartolina ou quadro branco
  2. Marcadores coloridos
  3. Fitas adesivas ou velcro (opcional)
  4. Imagens pequenas que representem as atividades diárias

Passo a passo:

  • Desenhe um grande círculo em uma cartolina ou quadro branco para representar o relógio.
    • Divida o círculo em diferentes setores, com horários específicos para as atividades diárias (exemplo: 8h – café da manhã, 9h – aula, 10h – recreio, etc.).
    • Coloque imagens ou ícones que representem cada atividade ao lado dos horários correspondentes.
    • Use setas ou fichas móveis (feitas de velcro ou fita adesiva) para indicar a hora atual e a atividade que a criança está realizando naquele momento.

Instruções passo a passo para algumas das atividades propostas

  1. Livro sensorial DIY (Para crianças com Dislexia)
    Criar um livro sensorial é uma ótima forma de ajudar a criança a associar palavras a sensações, usando diferentes texturas e materiais. Essa atividade também promove a exploração tátil e visual.

Materiais necessários:

  1. Cartolina ou folhas grandes de papel
  2. Tecido (veludo, algodão, lã, etc.)
  3. Papel seda, plástico bolha, lã, botões, fitas coloridas, entre outros materiais sensoriais
  4. Tesoura, cola e fita dupla-face

Passo a passo:

           Escolha palavras ou frases que você deseja que a criança aprenda.

  • Para cada palavra, selecione uma textura que represente a palavra de forma sensorial. Por exemplo, para a palavra “fogo”, você pode usar um pedaço de tecido vermelho ou laranja.
  • Cole a textura correspondente à palavra em uma página de cartolina.
  • Escreva a palavra ao lado da textura e adicione uma imagem ilustrativa da palavra.
  • Crie várias páginas, cada uma com uma palavra diferente, e encaderne-as ou cole-as em um livro.
  • Tabuleiro de contagem (Para crianças com Discalculia)
    Este jogo simples pode ser uma maneira divertida de praticar a contagem e a matemática básica, utilizando tabuleiros e peças para ilustrar operações matemáticas.

Materiais necessários:

  1. Cartolina ou papelão
  2. Marcadores ou canetas
  3. Fichas ou tampinhas (para representar números)
  4. Régua (opcional)

Passo a passo:

  • Desenhe um tabuleiro simples em uma folha de cartolina, criando espaços numerados (como uma trilha de jogo).
  • Em cada espaço, escreva um número ou uma operação simples (exemplo: 2 + 3).
  • Coloque as fichas ou tampinhas ao lado do tabuleiro para representar as quantidades.
  • A criança deve mover as fichas de acordo com as operações indicadas nos espaços, contando e praticando as operações matemáticas enquanto joga.

Esses são apenas alguns exemplos de como você pode criar atividades DIY simples e eficazes para apoiar o aprendizado de crianças com distúrbios de aprendizado. Lembre-se de adaptar as atividades conforme necessário, levando em consideração o ritmo e as necessidades da criança. A criatividade e a flexibilidade são as chaves para tornar o aprendizado mais acessível e divertido.